Benefícios da Construção Civil Sustentável
ARTIGO

O mercado já não discute mais se a sustentabilidade deve estar dentro do seu modelo de negócio. A questão é como fazê-lo. Com este fato, um dos setores mais positivamente afetados é o da construção civil, com empreendimentos cada vez mais “verdes” tanto em novas construções quanto em reformas de imóveis existentes. São considerados não somente os edifícios, mas também hospitais, fábricas, centros logísticos de distribuição, e qualquer tipo de construção, independentemente do segmento, quer esteja dentro de um condomínio ou não.
As novas construções requerem estudos especializados ainda na fase de projeto, de modo que as funcionalidades elegidas venham a proporcionar eficiência energética e redução de emissões de GEE (gases de efeito estufa), contribuindo, assim, para um menor impacto ambiental. Já para as construções existentes, é possível trabalhar soluções adaptadas à realidade do empreendimento, buscando os mesmos objetivos. Para ambos os casos, com o suporte de especialistas na área, cada funcionalidade precisa estar aderente ao tipo de negócio ou uso do imóvel em questão, de modo que se cumpram os objetivos acima listados, proporcionando também o retorno do investimento ao longo do tempo, uma vez que a questão econômica é parte integrante do tripé da sustentabilidade (além do social e do ambiental).
Sendo a gestão sustentável dos empreendimentos caracterizada pela adoção de critérios de operação de baixo impacto financeiro e ambiental, destacam-se os seguintes dentro do setor da construção civil sustentável: consumo racional de água e o respectivo aproveitamento das águas pluviais; uso eficiente da energia; aquisição de produtos e suprimentos que tenham compromisso ambiental devidamente documentado; descarte correto de resíduos conforme cada classificação; manutenção da qualidade do ar interior; qualidade ambiental do imóvel proporcionando segurança, conforto e bem-estar ao usuário; utilização de produtos de limpeza e procedimentos de conservação predial que não sejam nocivos ao meio ambiente.
A implantação destes conceitos revela a importância da quebra de paradigma em gestores de Facilities e empresários, que devem promover a alocação correta dos recursos e também a capacitação das equipes para lidar com novos processos de manutenção e conservação, sobretudo nos empreendimentos adaptados. A qualificação da mão-de-obra, item crítico na indústria em geral soma-se ao conjunto de ações necessárias para se atingir a tais objetivos.
Por fim, vale mencionar que as certificações e selos que qualificam as construções verdes, tais como LEED, AQUA e Breeam, permitem o reconhecimento do mercado em relação a todas as ações implantadas, diferenciando a organização que é certificada das demais. Por exemplo, no segmento de Supply Chain, já há movimentos de grandes indústrias que, por serem certificadas e para serem coerentes com sua cadeia produtiva, também estão passando a exigir este mesmo perfil dos seus Operadores Logísticos, tornando-se critério técnico de qualificação tanto no serviço de Armazenagem (centros de distribuição ambientalmente eficientes, preocupações com o impacto no entorno, ações sociais, entre outros) quanto no de Transporte (menor volume de emissões de GEE, menor consumo de combustíveis fósseis, rotas mais otimizadas, manutenção preventiva eficaz, entre outros). Com isso, a competitividade passa a ter um novo valor, com elevado nível de qualidade, mas com resultados práticos que tornam as empresas mais eficientes e o meio ambiente mais saudável para toda a sociedade.
